O mês de maio também é de reflexão sobre a situação dos trabalhadores e trabalhadoras que fazem parte da comunidade LGBTQIA+. Pensando nisso, o Conselho Popular Nacional LGBTQIA+ promoveu nesta semana o primeiro Encontro Nacional LGBTQIA+, que tem como objetivo fortalecer e ampliar o espaço como luta popular da classe trabalhadora.

Pelo Paraná vão participaram integrantes tanto da diretoria quanto da base do SINDIEDUTEC, APP Sindicato, Sindivigilantes de Curitiba e Região e SISMUC. Nos dias 15 e 16 houveram atividades de interação, seminários e grupos de debates. Hoje (17), Dia Internacional de Combate à LGBTQIA+fobia, é o dia do Ato Cultural Bolsonaro Nunca Mais, seguido de uma marcha pela Avenida Paulista para denunciar a violência e o conservadorismo da atual gestão federal.

O Brasil é, reconhecidamente, o pior lugar do mundo para LGBTQIA+. A violência brasileira supera os índices de países em cujo solo é proibido por lei aparentar comportamentos que extrapolem o padrão da heteronormatividade. Em 2021, pelo menos 300 pessoas tiveram mortes violentas, um crescimento de 8% em relação a ao ano anterior. Destas 300 ocorrências, 276 foram enquadrados como homicídios enquanto os outro 24 casos foram de mortes por suicídios. Estes dados foram publicados no ano passado e resultam de pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia a partir do noticiário. De acordo com o documento, a identificação de crimes deste tipo é dificultada pela subnotificação motivada pela homotransfobia, que registra as ocorrências de maneira superficial.

Dentro desse contexto é preciso, como já discutido em roda de conversa promovida pelo PROIFES Federação no Fórum Social das Resistências e do Fórum Social Mundial, repensar os comportamentos reproduzidos dentro do movimento sindical e acolher essa parcela da população como sujeitos de luta da classe trabalhadora sem anular suas particularidades. O SINDIEDUTEC reconhece seu papel na construção da luta sindical e do espaço acadêmico acolhedores e por isso atendeu ao convite do Conselho Popular Nacional LGBTQIA+.